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EUTANÁSIA




                                                       
              Silas de Jesus Silva Moraes 
Autores:  Leila Mara Costa Araújo
              Marcus Danilo


Resumo:
      A Eutanásia interpretada como “boa morte” é um tema delicado por expor uma vida à morte pela mão de outra pessoa. Alguns países no mundo a permitem debaixo de certas restrições, já em outros ela é totalmente proibida por constituir “crime de homicídio”, entretanto, a medida em que essa questão entra nos debates, vão surgindo pontos de vista conflitantes, de um lado uns rejeitam aceitar a prática eutanásica, de outro alguns reivindicam que a pessoa tem o direito de escolher sobre seu fim.
      Debate vai, debate vem e nunca se chega a uma conclusão, mas chega-se a umas propostas sugestivas como se verá neste artigo.

Palavras-chave: Morte, Eutanásia, Aceitação.

Abstract:
Euthanasia interpreted as "good north" is a delicate issue, by exposing a life to death by the hand of another person. Some countries in the world to allow under certain restrictions, as in others it is totally prohibited to constitute the crime of murder, however, the extent to which this issue enters the debates arise conflicting views, a one side reject accept euthanistic practice, another some claim that the person has the right to choose on your order.
       Debate will, debate and has never come to a conclusion, but it comes to a suggestive proposals as shown in this article.

Keywords: Death, Euthanasia, Acceptance.

Introdução:
       Atualmente há um alvoroço muito grande entre as diversas áreas do conhecimento frente aos novos desafios que estão surgindo. A História defronta-se com a situação econômica do mundo e política do Brasil, a Astronomia regozija-se da descoberta de um planeta semelhante ao nosso, a Sociologia, como sempre, continua no esforço de compreender as novas mudanças no estilo de vida da sociedade etc.
           Mas, dentre outros exemplos, se faz necessário destacar com o que a Filosofia tem se deparado ultimamente. Hoje circulam ideias sobre relativismo cultural, moral, de gênero e tudo isso é um campo fértil para a exploração filosófica inclusive questões sobre a vida e a morte, e é neste ponto que filosofaremos, vamos falar sobre a morte, especificamente da “boa morte” ou seja da eutanásia.
       Será esclarecido aqui o que é a eutanásia, como acontece e em que circunstâncias devem ser aplicada, mostrando também um panorama do tema em outros países e defendendo a aceitação por parte do nosso país, o Brasil da eutanásia na sua legislação médica, obviamente, é claro nos casos mais extremos e de extrema necessidade de acordo com o que a situação do indivíduo exigir.

A Morte:

       Se a vida se refere às propriedades e qualidades vitais pelas quais o ser vivo se mantém em movimento, a morte é a perda destas. Não poderíamos falar da eutanásia sem tentar desiludir as pessoas de pensarem que a morte é algo horrível e que deve ser evitada a todo custo. Como veremos agora ela é algo natural e inevitável, portanto nada de criminalizar a cessação da vida.
       Morte vem da palavra grega “Thanatos” e tem sido definida de várias maneiras:
Tertuliano traduziu-a como a “separação do corpo e da alma, A. A.”. Hodge como a “suspensão da união pessoal entre o corpo e a alma, seguida da dissolução do corpo em elementos químicos e a introdução da alma naquele estado separado da existência ao qual poderá ser atribuído por seu criador ou juiz”, é a cessação da vida ou, como preferem os religiosos é o início de outra vida mais duradoura e mais feliz.
       Portanto não há nada de absurdo ou mágico na morte ela é natural, inevitável e até mesmo generosa com os que sofrem, pois põe fim ao seu sofrimento. Epicuro (341-270 a. c.) por exemplo aconselhava que não se devesse temer a morte, assim ele dizia: “A morte nada significa, pois ela não existe para os vivos e os mortos não estão mais aqui para explica-la”, Ele diz mais:

O sábio...não desdenha viver, nem teme deixar de viver; para ele viver não é um fardo e não viver não é um mal”.

A morte por um fio.

       A Eutanásia: definição, classificação e função:

       O nome eutanásia foi sugerido por Francis Bacon, em 1623, em sua obra “Historia vitae et Mortis”, como sendo o tratamento adequado a doenças incuráveis. Ela é uma junção de duas palavras gregas “Eu” (que significa “boa” ou “bem”) e “thanatos” ou “thanasia” (que significa morte), ou seja, “boa morte”. Mas essa não é a única interpretação para a palavra eutanásia, ela pode variar para “morte em estado de graça” (como sugeriram os teólogos Larrag e Claret, em seu livro “Prontuários de Teologia Moral”, de 1866), “a morte sem sofrimento e indolor”, ou ainda, “morte fácil e sem dor” , “morte boa e honrosa”, “morte tranquila”, “alivio da dor”, “golpe de graça”, “morte apropriada”, “homicídio por piedade”, “morte suave”, “morte sem angustia; feliz”, “suicídio assistido” etc..
      
           A eutanásia classifica-se em eutanásia propriamente dita, ortotanásia e distanásia.

Eutanásia: é o ato de provocar a morte de alguém a pedido deste ou de algum representante legal, sem que esse alguém sinta dor, ou seja, é dar uma morte sem dor ou agonia a alguém. Ela pode ser ativa ou passiva, ativa quando alguém executa a morte do paciente injetando ou dando a ele alguma substância mortífera; passiva quando os tratamentos pelos quais passa o indivíduo são suspensos, encerrados pelo médico, ou quando simplesmente ele desliga os aparelhos que mantinham o paciente vivo.
Ortotanásia: (morte correta) é quando os médicos depois de já terem examinado o paciente e tentado curar ele, cessam os cuidados paliativos deixando o paciente morrer de uma forma natural, ou seja, sem intervenção da medicina.
Distanásia: é o processo de prolongamento da vida do doente através da intervenção médica no processo de morte irreversível, ou seja, os médicos aplicam injeções ou tomam cuidados paliativos, tudo para prolongar o máximo possível a vida do doente terminal, adiando sua morte, tentando mantê-lo vivo pelo maior tempo possível ao contrário da eutanásia que consiste em matar logo de uma vez.
       Sendo assim, conclui-se que a eutanásia em suas diversas classificações e vertentes tem a função de acabar de uma vez com o sofrimento da dor e da angústia do paciente dando-lhe uma morte que pode se chamar de digna visto que é solicitada por ele ou por familiares ou amigos que o vêem em pleno estado insuportável de vida.

A aceitação da eutanásia no mundo e no Brasil:
       A eutanásia não é um fenômeno recente, ela vem sendo debatida desde a Grécia antiga. Platão, Epicuro e Plínio foram os primeiros filósofos a abordarem o tema. Platão Epicuro e o próprio Sócrates defendiam que o sofrimento resultante de uma dolorosa doença justificava o suicídio; era motivo suficiente para o doente exigir a morte e por isso ela deveria lhe ser dada. Já Aristóteles, Pitágoras e (como era de se esperar) Hipócrates, condenavam tal coisa; Eis o juramento de Hipócrates praticado até hoje entre os médicos em formação: “eu não darei qualquer droga fatal a uma pessoa, se me for solicitado, nem sugerirei o uso de qualquer uma deste tipo.”
       A eutanásia, a propósito, era praticada entre os espartanos, romanos, celtas, indianos e atenienses. Já hoje muitos países, inclusive o Brasil, resistem à implantação da eutanásia em seus hospitais. Mas há alguns que a permitem, a Holanda foi o primeiro país a legalizar a eutanásia em sua legislação, seguida da Bélgica, Colômbia, Suíça, Estados Unidos (em alguns estados) e Uruguai. É claro que isso é permitido sob uma examinação das circunstâncias para poder executar o ato.
       No Brasil a eutanásia é crime embora o Código Penal Brasileiro atual não fala em eutanásia explicitamente, mas em "homicídio privilegiado". Atualmente, no caso de um médico realizar eutanásia, o profissional pode ser condenado por crime de homicídio – com pena de prisão de 12 a 30 anos – ou auxílio ao suicídio – prisão de dois a seis anos, pois ela é considerada um homicídio assistido, entretanto a pena é reduzida por ser considerada também como “homicídio privilegiado”. Já a ortotanásia é sutilmente liberada, visto que não consiste na atitude de matar e sim de deixar a natureza seguir seu curso, trata de uma morte natural, com menos intervenções.
Em 2013 a médica Virgínia Helena de Souza, que chefiava a UTI do Hospital Evangélico de Curitiba, foi acusada de praticar esse crime com diversos pacientes. Segundo a acusação, Souza reduzia o nível de oxigênio dos aparelhos respiradores e aplicava anestésicos para provocar a morte dos pacientes. A Polícia Científica do Paraná afirmou que entre 2006 e 2013, mais de 300 pacientes da UTI morreram no mesmo dia em que receberam medicações da médica. Além dela, outros sete profissionais foram acusados de envolvimento nos crimes.
Naquele ano, Souza ficou 29 dias detida. Hoje, responde ao processo em liberdade. Seu advogado, Elias Mattar Assad diz que ela “praticou atos tipicamente de medicina intensiva”. “Ela me disse que tudo o que ela fez tem respaldo na literatura médica”, disse o advogado. “Ela não violou nenhuma regra de medicina intensiva”. 
De acordo com Roberto Baptista Dias da Silva, advogado especialista em biodireito e interpretação constitucional, como o crime de eutanásia no Brasil ainda não está claramente previsto da legislação, há diversas brechas que se abrem para diferentes interpretações na hora de julgar algo assim. Segundo Silva, as diversas interpretações, tanto das normas vigentes, quanto da Constituição, tornam confuso o debate. "A Constituição fala de um direito de viver e não de um dever de viver", diz. Ele defende que a morte deve ser debatida não como algo a ser evitado, mas como um direito a ser perseguido em certas circunstâncias. A questão, para ele, é saber se existe um direito constitucional à morte. "O direito à vida já existe. Mas e o direito à morte?", questiona.
                                                 

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Conclusão:

       O debate em torno da aceitação ou não aceitação da eutanásia no Brasil e no mundo é muito polêmico por envolver a dignidade da vida de uma pessoa defendida através dos valores morais, éticos e religiosos os quais obviamente tem um ponto de vista coerente sobre o assunto. Entretanto, ao serem observadas as circunstâncias que levam um médico ou responsável a pensar no processo eutanásico, deduz-se que estas são também de grande importância para determinar um próximo passo a ser tomado, isto é, ignorar por um instante tais valores que acabam por obstruir a chegada de uma solução e de vez decidir o que vai ser feito.

Os métodos eutanásicos, a prática da eutanásia deveria ser compreendida não como um ato de barbárie ou violação de direitos humanos, mas como uma solução utilizada em último caso para dar ao paciente em estado de terminalidade um bom descanso, o que acontece é que as pessoas não entendem que em alguns casos a necessidade anula a regra. É claro que ela não deve ser permitida para funcionar do jeito que era praticada brutal e eugênica mente entre os antigos povos já anteriormente citados, mas sim como é praticada nos países que a permitem, com muito cuidado e averiguação do caso.


















REFERÊNCIAS:
A polêmica da legalização da eutanásia no Brasil: o dever ético de respeito às vontades antecipadas dos pacientes terminais

https://jus.com.br/artigos/42873/a-polemica-da-legalizacao-da-eutanasia-no-brasil-o-dever-etico-de-respeito-as-vontades-antecipadas-dos-pacientes-terminais.
A EUTANÁSIA NO BRASIL
Por: Luíz Flávio Borges D'Urso

http://www.mundolegal.com.br/Default.cfm?FuseAction=Artigo_Detalhar&did=6225&Assunto=penal
A legalização da eutanásia no Brasil
Por marina. cordeiro - Posted on 26 março 2012
Autores: LIMA NETO, Luiz Inácio de

http://www.egov.ufsc.br/portal/conte
A Morte, Eutanásia e Ortotanásia. O suicídio assistido
Jusbrasil para "Direitos de incapaz"

http://www.jusbrasil.com.br/topicos/474178/direitos-de-incapaz

Eutanásia: análise dos países que permitem
 http://mariomolinari.jusbrasil.com.br/artigo

Saiba onde a eutanásia é permitida e como o tema é tratado no Brasil

http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/noticia/2014/11/saiba-o

Ao menos 5 países permitem suicídio assistido ou eutanásia
 http://g1.globo.com/ciência-e-saúde/noticia/2




“Não permito que nenhuma reflexão filosófica me tire a alegria das coisas simples da vida.”



                                  Sigmund Freud




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